Fiscalização da Receita Federal: como funciona e como sua empresa deve agir
- Laís Cunha Vieira de Vasconcellos Dias
- há 5 dias
- 2 min de leitura
A fiscalização tributária pode bater à porta de qualquer empresa
Receber uma notificação da Receita Federal é motivo de preocupação para muitos empresários, mas é importante entender que a fiscalização não significa uma condenação. Ela faz parte do sistema de controle e pode ser enfrentada com segurança, desde que a empresa saiba o que esperar e como agir.
O que é fiscalização tributária e quando ela acontece?
A fiscalização é o mecanismo usado pela Receita Federal para verificar se os tributos foram declarados e pagos corretamente. Ela pode ocorrer em situações como:
inconsistências identificadas nas declarações;
denúncias ou cruzamento de informações de terceiros;
operações de rotina, realizadas de forma aleatória.
Ou seja: mesmo empresas que acreditam estar regulares podem ser fiscalizadas.
Quais os tipos de fiscalização: eletrônica x presencial?
Hoje, a Receita atua principalmente em duas frentes:
Fiscalização eletrônica
Baseada em cruzamento de dados no SPED, eSocial e notas fiscais eletrônicas.
Identifica inconsistências automaticamente.
Fiscalização presencial
Conduzida por auditores fiscais na empresa.
Envolve análise de documentos, entrevistas e diligências.
Ambas podem resultar em um auto de infração, caso sejam encontradas irregularidades.
Mas o que significa receber um auto de infração?
O auto de infração é o documento oficial em que a Receita registra a cobrança de tributos considerados devidos, acrescidos de multa e juros. As principais consequências são:
exigência imediata do valor lançado;
risco de inscrição em dívida ativa;
possibilidade de execução fiscal.
O ponto-chave: o auto não é definitivo. Ele pode e deve ser contestado.
Prazos e etapas da defesa administrativa
Depois da notificação, o contribuinte tem direito a apresentar defesa administrativa dentro de prazo específico (em regra, 30 dias). As etapas comuns são:
1. Defesa administrativa: apresentada à Delegacia da Receita.
2. Recurso ao CARF: caso a primeira decisão seja desfavorável.
3. Esfera judicial: se esgotadas as instâncias administrativas.
Respeitar os prazos é fundamental para não perder o direito de contestar a cobrança.
Como evitar riscos de bloqueio patrimonial?
Ignorar o auto de infração pode levar a consequências sérias, como execução fiscal, penhora de bens e bloqueio de contas bancárias. Para reduzir riscos, a empresa deve:
● buscar orientação especializada;
● reunir documentos e provas;
● revisar imediatamente o lançamento.
Uma defesa bem elaborada pode reduzir valores ou até anular a cobrança.
Recebeu uma autuação? O que deve fazer agora?
Se a sua empresa foi fiscalizada ou recebeu um auto de infração, o caminho não é esperar, mas agir com estratégia. Entender o processo, respeitar prazos e contar com apoio jurídico qualificado faz toda a diferença entre um problema financeiro grave e uma solução controlada.
Quer saber como agir diante de um auto de infração?
Fale com nossa equipe e tire suas dúvidas de forma segura.